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Casal (Im)Perfeito

Sab | 17.12.22

1 dia em Lisboa

Casal (Im)Perfeito

Lisboa conquistou-nos desde sempre. A famosa cidade das sete colinas com vista sobre o rio Tejo. Por isso sempre que podemos fazemos questão de pegar na mota e ir passear e conhecer cantos e ruelas novas.

Chamamos a atenção de que este roteiro não pretende ser um top de atracções turísticas nem responder à  questão sobre “o que fazer em Lisboa”. É apenas a descrição pessoal de um dia bem passado na cidade.

elevador-santa-justa-7.jpgComeçámos por visitar o bairro histórico de Belém onde podemos encontrar alguns dos mais importantes monumentos como a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos e o Padrão dos Descobrimentos.

A Torre de Belém é a imagem-postal de Lisboa. A torre medieval defensiva de estilo manuelino tem um terraço com vistas estupendas sobre o rio Tejo.

torre-de-belem.jpgMais a frente encontrámos o Padrão dos Descobrimentos é uma homenagem ao homem que impulsionou as Descobertas portuguesas, o Infante D. Henrique, e ficamos maravilhados ao ver a colossal estátua na proa da nau ocupada por outras figuras. Se baixares os olhos  vais ter o mundo a teus pés, literalmente. Falamos dum dos mais belos exemplares de calçada portuguesa, a Rosa dos Ventos.

padrão-dos-descobrimentos-5.jpgEm Alcântara passámos pelo o espaço LX Factory que prova como lugares abandonados podem ganhar nova vida. O complexo industrial em Alcântara levou um lifting profundo e hoje é um spot criativo e descontraído.

lx-factory-5.jpgPassámos pelo Cais do Sodré e pelo Mercado da Ribeira onde fica localizado o Time Out Market Lisboa, que nada mais é que  juntar debaixo do mesmo tecto os melhores chefs, restaurantes e projectos gastronómicos da capital portuguesa, com base nas recomendações dos críticos e colaboradores da revista Time Out.

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image (1).jpgSubimos a Rua do Alecrim e fomos conhecer a Pensão do Amor, este é um dos bares com mais personalidade na Rua Cor de Rosa. 

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Antigamente, a Rua Cor de Rosa de Lisboa era um dos principais centros de drogas e prostituição da cidade e os nomes dos bares da Rua Cor de Rosa,  serviam para atrair os marinheiros que desembarcavam em Lisboa.

Rua-Cor-de-Rosa-3_2 (1).jpgPassámos pelo Largo de Camões onde vimos a arte dos calceteiros e a estátua do lendário poeta e fomos tomar um café a Brasileira na companhia do Fernando Pessoa. 

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Lisboa-Rua_Garrett-Estatua_de_Fernado_Pessoa-20140Subimos pela Rua da Misericórdia e deparámo-nos com a Igreja de São Roque. Nas costas da igreja, o Jardim Miradouro de São Pedro de Alcântara é dos espaços mais belos de Lisboa. Oferece vistas sobre a Baixa Pombalina, a colina de Alfama e do Castelo de São Jorge e da Graça.

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Voltamos a descer e fomos até o Terreiro do Paço para um passeio pela renovada Ribeira das Naus.

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O Terreiro do Paço, ou Praça do Comércio como preferires, é uma das praças mais majestosas e fulcral na reconstrução da Baixa Pombalina após o terramoto de 1755.

O Arco da Rua Augusta, dispensa apresentações. Por detrás das paredes amarelas que enquadram a praça estão grande parte dos ministérios. É também nestas arcadas que existe o mais antigo café de Lisboa, o Martinho da Arcada, e no centro a praça está a  estátua equestre de D. José.

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Seguimos em direcção a Praça da Figueira onde parámos na Confeitaria Nacional para um café e um dos seus divinais, reais e presidenciais bolos de pastelaria.

confeitaria-nacional-lisboa.jpgConfeitaria Nacional - Lojas Com História

Fizemos um desvio até ao Campo das Cebolas e passámos em frente à Casa dos Bicos, uma mansão quinhentista com decoração singular e exótica, hoje museu literário e Fundação José Saramago. 

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Subimos por Alfama o bairro medieval mais típico de Lisboa e cruzámo-nos com a Sé de Lisboa, o ex-libris religioso da capital portuguesa e ponto de partida de eleição do Caminho Português de Santiago. É difícil acreditar que o Terramoto de 1755 destruiu este possante monumento. A reconstrução baseou-se muito no estilo barroco, mas, no início do século XX, nova intervenção visou a devolução do traçado românico medieval aos seus elementos decorativos exteriores.

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Visitámos o bairro da Graça e os seus miradouros, o da Graça e o da Nossa Senhora do Monte.

Aconselhamos que visites a Igreja da Graça, com um belo altar de talha dourada, e o Convento da Graça, que foi um dos segredos mais bem guardados da cidade até ser recuperado e aberto ao público.

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Descemos à Praça Martim Moniz e fomos em direcção ao Rossio. Poucos sabem mas o Rossio já foi hipódromo romano, assistiu a festas cortesãs, revoluções populares, autos-de-fé e praça de execuções, foi espaço de touradas, festivais, feiras, e paradas militares.

O Teatro Dona Maria II ergue-se a norte e celebrizou o Rossio no teatro de revista à portuguesa. No centro do Rossio a estátua de D. Pedro IV reclama a sua autoridade sobre o nome da praça.

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Seguimos em direcção aos Restauradores e passámos pela Estação do Rossio que é um belo edifício manuelino que apenas encontra rival na Estação de São Bento no Porto. A Estação do Rossio não tem igual em Portugal pois é a única estação ferroviária que tem vários pisos com plataformas férreas.

image.jpgA Praça dos Restauradores é a porta de entrada da Avenida da Liberdade. Construída à imagem dos boulevards de Paris, a Avenida da Liberdade era o centro das salas de espectáculos glamorosas, dos cinemas requintados, das lojas de prestígio e dos hotéis de luxo. As Marchas de Lisboa têm na Liberdade o seu palco e ainda é o maior evento da avenida.

caption.jpg A frondosa vegetação da Avenida da Liberdade acompanhou-nos até à Praça Marquês de Pombal, centro financeiro e empresarial lisboeta, e leva-nos ao Parque Eduardo VII, um parque cénico com relvados cuidados, ladeados de árvores e largos passeios calcetados, que recebe todos os anos a Feira do Livro de Lisboa entre outros eventos.

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Sab | 10.12.22

Aletria

Casal (Im)Perfeito

Este doce sempre fez parte da infância do Jorge, embora não tivesse feito parte da minha vida.

Quando o fazemos, ele diz-me que o cheiro o leva de volta a aldeia onde cresceu. Por isso por várias vezes o fazemos. 

E hoje foi mais um dia em que o fiz.

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Deixo aqui a receita:

Ingredientes:

  • 125 g massa de aletria
  • 1 l de leite
  • casca de 1 limão
  • 1 pau de canela
  • 100 g açúcar
  • 4 gemas
  • canela em pó

Preparação:

Levei um tacho ao lume com o leite, o açúcar, o pau de canela e a casca do limão. Deixei levantar fervura e juntei a massa.

Deixei cozinhar em lume brando. Quando a massa estava cozida tirei do lume e deixei arrefecer um pouco. Bati as gemas e juntei depois em fio a aletria.

Levei novamente ao lume ate engrossar. 

Empratei e decorei com canela em pó.

Screenshot_20200319_213614.jpg E vocês vão experimentar a receita? Ou fazem de maneira diferente?

Deixem as vossas dicas nos comentários. 

Sab | 03.12.22

Fomos a Sintra

Casal (Im)Perfeito

Se os contos de fadas se tornassem reais, Sintra seria a terra onde eles aconteceriam. Sintra concorre com destinos mundialmente famosos na categoria das cidades mais românticas da Europa.

E nós morando aqui tão perto não podíamos deixar de conhecer melhor a nossa cidade. 

Conhecida principalmente pelo Palácio da Pena e as ruínas do Castelo dos Mouros, podemos dizer que não são apenas estes dois pontos turísticos que fazem da vila de Sintra uma cena de contos de fadas. São as ruelas tranquilas, são as casinhas coloridas decoradas com vasos florais, são os trilhos de serra, são lojinhas de artesanato e as esplanadas soalheiras, que tornam Sintra mágica.

1-22-5.jpg Começamos pelo Palácio da Pena os seus tons vividos de amarelo, vermelho e lavanda das torres deste palácio romântico correm mundo.

O Palácio da Pena é mais do que uma impressionante obra, é uma experiência sensorial em todas as vertentes. Se os opulentes salões impressionam com a sua decoração e o rico mobiliário, um passeio pelo Parque do Palácio da Pena completa o ciclo de encanto com os seus maravilhosos jardins.

O melhor miradouro do Palácio da Pena fica na Cruz Alta com vistas sobre todo o complexo palaciano, a Serra de Sintra e o mar no horizonte!

Aconselhamos a ires cedo para visitares o Palácio da Pena. Abre a visitas às 9:30 e enche-se muito depressa. 

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Passamosdepois pelo Castelo dos Mouros que serviu de baluarte de vigia e após conquista pelos reis cristãos foram restaurando e aumentado. Da ocupação árabe, restaram apenas umas ruínas da fortificação moura que ainda hoje perdura. 

Bem no alto dum penedo, a aparência é de autêntica fortaleza, imbatível e intransponível. Qualquer exército que ousasse pensar em tomar Sintra, duvidava do sucesso da contenda.

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Este lugar imperdível de Sintra podes visitar parcialmente de borla. Desde a estrada até ao portão de entrada, tens um lindíssimo percurso pedonal que podes percorrer e encontrar alguns achados arqueológicos, escadinhas e plataformas e até uma capelinha transformada em espaço museológico.

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Embora seja milenar e exista desde o período mouro, o palácio que vemos hoje no centro da vila é fruto de adições feitas desde o tempo do rei D. Dinis I, mas maioritariamente do início do século XV, quando os reis portugueses começaram a passar mais tempo em Sintra.

Uma das característica mais marcante do Palácio Nacional de Sintra são as duas enormes chaminés que lhe dão uma forma invulgar. Mas é fácil perceber que estão lá por razões práticas e serviam a enorme cozinha real. No interior, os quartos são decorados com mobiliário e arte dos períodos em que o palácio foi mais utilizado. As decorações em azulejo mudéjar são particularmente interessantes e merecem atenção.

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Aqui destacamos a Sala dos Cisnes, principal espaço de aparato; elementos decorativos manuelinos (portas e janelas) e revestimentos em azulejo (decoração geométrica mudéjar prova a ligação mourisca dos artífices); pátios interiores intimistas a céu aberto.

rIJpF_saladoscisnes_luis_duarte.jpg Não podes sair de Sintra sem passar pela Quinta da Regaleira que é um lugar de magia e mistério. A arquitectura romântica do palacete e o parque exuberante são os elementos aglutinadores desta Mansão Filosofal. 

O palácio foi completado em 1910, quando o milionário Carvalho Monteiro comprou a propriedade à Viscondessa da Regaleira em 1892 e decidiu preenchê-lo de exotismo e excentricidade. A obra é do arquitecto italiano Luigi Manini (autor do Palácio Hotel do Buçaco), com influências romanas, góticas, renascentistas e manuelinas.

1-7-12 (1).jpg O jardim é a representação do cosmos numa ambiência paradisíaca. Entre outros atributos, observa com atenção a capela. Cada elemento existe por uma razão, embora muitas sejam obscuras e enigmáticas já que é tido que a Quinta da Regaleira está associada à Maçonaria Portuguesa. Caminha pelo parque e passa por torres, lagos, poços, o Poço Iniciático é dos mais fotografados do mundo, túneis subterrâneos, fontes e estátuas.

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1-8-6.jpg Agora imagina-te a passear num jardim botânico privado, no meio dum ambiente idílico de romantismo! Foi o que encontrámos ao visitarmos o Palácio e Jardins de Monserrate. A sensação que tivemos foi que algum milionário árabe resolveu trazer a sua mansão para as encostas da serra de Sintra.

O interior do palácio está magnificamente decorado com elementos arabescos, dando-lhe uma beleza estonteante de exuberância que convida à contemplação. E o ciclo fecha-se nos espaços ajardinados por entre estufas, pontes, estátuas, cascatas e fontes.

Nos jardins terás a oportunidade de ver espécies de flora e fauna trazidas de todo o mundo nos espaços dedicados temáticos dedicados a lugares como o México e a Austrália. Um passeio inspirador num monumento único e impressionante.

1-31-5.jpgDepois em total contraste com a opulência dos palácios de Sintra, encontrámos a total humildade e despojo decorativo do convento franciscano dos Capuchos, ou Convento de Santa Cruz.

Diz a lenda que D. João de Castro, vice-rei da Índia, se perdeu numa caçada vendo-se forçado a dormir debaixo dum penedo na Serra de Sintra. A ideia dum templo cristão naquele lugar surgiu-lhe em sonho, mas a morte roubou-lhe o tempo de cumprir a promessa.

Passando o desejo ao filho, o convento surge na total observância dos valores franciscanos e acolhe uma minúscula comunidade de monges vindos da Província da Arrábida, os mesmos que durante séculos cumpriram os votos de pobreza, humildade e castidade no Conventinho da Arrábida.

1-32-2.jpgQuando descemos a vila Sintra passámos ainda pela Igreja de São Martinho, o palacete do Posto de Turismo, a Torre do Relógio, o Pelourinho no largo frente ao Palácio Nacional de Sintra e até pela Câmara Municipal é um edifício apalaçado que o vai impressionar. O Parque da Liberdade é um favorito dos casais de namorados, grátis e com vistas fantásticas para o centro histórico.

E obviamente que não podíamos deixar Sintra sem comer os representantes máximos da doçaria conventual medieval, os travesseiros e as queijadas de Sintra.

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