As pessoas andam sempre cheias de pressa. De manhã, no trânsito buzinam e fazem sinais de luzes para que os outros se desviem.
Ao almoço, começam a revirar os olhos e a reclamar ou porque está muita gente onde quer que vão almoçar ou porque quem os está a servir não se despacha.
No fim da tarde, começa a mesma história no trânsito porque estão cheias de pressa para ir a casa.
Isto é uma coisa que não percebemos: as pessoas estão sempre cheias de pressa para chegar a qualquer lugar.
Vão a uma consulta no médico e estão sempre a olhar para o relógio porque estão cheias de pressa para fazer outra coisa.
No ginásio, assim que acaba a aula, até atropelam as outras pessoas porque estão cheias de pressa para ir para casa.
Era de esperar que este comportamento não se repetisse ao fim-de-semana, não era? Mas não.
Muitas vezes, nos nossos passeios ouvimos coisas como:
“Vamos embora que não quero apanhar transito”
“Vamos embora que tenho que fazer o jantar”
Malta, é fim-de-semana. Vamos lá relaxar um bocadinho sim? É que assim nem apreciam o passeio.
Vamos lá entender uma coisa, se andam sempre com pressa, não vão conseguir apreciar a vida que têm agora.
Por favor, tenham um bocadinho de calma e relaxem. Vivam em função do que vem agora e não do que vem a seguir.
Todos os anos, no dia 31 de outubro, as bruxas andam à solta na aldeia de Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre.
Neste município do distrito de Vila Real não há azar. Aqui a população convive em perfeita harmonia com bruxarias, poções mágicas, mezinhas e curas.
No dia de Halloween, a aldeia veste-se a rigor para nos receber. Aqui não falta a habitual decoração pelas ruas, o desfile, as ações teatrais espalhadas pela aldeia e espetáculo de palco com animação e fogo.
As casas e lojas da aldeia são decoradas com abóboras iluminadas, vassouras de bruxa, panos pretos e teias de aranhas. Os restaurantes preparam-nos um menu especial para o jantar “embruxado” onde não faltam pratos com nomes insólitos como ovos de morto e rins de bruxas.
Mas o auge da noite é sem dúvida o esconjuro e a queimada.
O padre António Fontes prepara-nos a queimada, que nada mais é que um licor feito à base de aguardente, açúcar, maçã, limão e canela, capaz de afastar os maus espíritos e as bruxas. “Mochos, corujas, sapos e bruxas, demónios, trasgos e diabos, espíritos das enevoadas veigas”, assim começa a ladainha do esconjuro proferida pelo padre também conhecido como “Dom Bruxo” que promete livrar a bebida de maus-olhados, feitiços, invejas e bruxedos.
O padre António Fontes é a figura central da festa pois foi ele que iniciou a tradição dos jantares todas as sextas-feiras 13. De banquetes privados a um evento público que atrai mais de 40 mil pessoas, foi um pequeno passo.
Se não tiveres tempo para te mascarares, não te preocupes, ali encontras um atelier de caracterização para que nós os comuns dos mortais nos transforme-mos em criaturas diabólicas.
Hoje viemos contar como foi a nossa aventura por um dos países mais pequenos do mundo, Andorra. Este principado que faz fronteira com Espanha e França, fica no coração dos Pirenéus.
Andorra é dividido em 7 distritos que são conhecidos como "paróquias". São elas Andorra-a-Vella, Escaldes, Engordany, Sant Julià de Lòria, Encamp, La Massana, Ordino e Canillo.
Este país é também conhecido por ser um paraíso fiscal, pois muitos dos produtos podem ser comprados sem imporstos.
Começámos a nossa visita por Andorra La Vella, passeámos por algumas das ruas, vimos a Pont de Paris sobre o rio La Valira, cruzamo-nos com os mnumentos de Salvador Dalí e ainda vimos algumas igrejas.
Depois de sairmos de Andorra La Vella fomos até Encamp onde admiramos os belos edifícios históricos, bem como cafés típicos onde provámos a comida local.
Passámos pelo Museu Nacional do Automóvel, que tem uma vasta colecção de automóveis antigos, incluindo carros e motociclos a vapor.
Seguimos em direção a Pas de La Casa, aqui existe um dos melhores resorts de esqui de Andorra que no momento tem 31 teleféricos para permitir o acesso de visitantes a todas as áreas que se podem encontrar abaixo da Pic Negre d’Envalira.
Este é um local bastante popular entre os mais jovens que procuram diversão noturna após um longo dia de esqui.
Saimos em direção a Canillo onde apreciamos as paisagens em alguns miradouros.
Fomos em direção a Meritxell onde visitámos o Santuário da Basílica de Nossa Senhora de Meritxell. O santuário é de estilo românico e foi cuidadosamente restaurado após um incêndio na década de 1970. A basílica é conhecida pelas espectaculares estátuas dos santos padroeiros e por uma incrível sala de espelhos.
Seguimos em direção a Cortinada que é famosa por ser um lugar de beleza natural quase inigualável em Andorra, que fica entre prados de flores, campos e montanhas imponentes. É tambem conhecida pelos seus edifícios históricos ornamentados. Aqui visitámos a igreja Sant Martí de la Cortinada.
Descemos para Ordino onde visitámos a Casa Plairal d’Areny de Plandolit, a antiga habitação do Barão de Senaller
Ao passearmos pela casa vimos uma biblioteca que conta com brasões de famílias famosas de Andorra, uma capela privativa e até mesmo uma padaria da época.
Acabámos o dia em La Massana que se encontra-se a uma altitude de 1500 metros. Aqui há quase uma centena de quilómetros de pistas de esqui e as vistas são deslumbrantes.
Decidi levar o Jorge a conhecer o Santuário da Nossa Senhora do Naso que fica perto de Miranda do Douro.
Eu já conheço há muitos anos pois por norma todos os anos ia a romaria com os meus pais, mas o Jorge nunca tinha ido.
Reza a lenda que o santuário foi edificado por um casal mirandês.
O homem estava com o seu rebanho e apareceu-lhe uma Senhora que pediu para lhe construir naquele local uma capela, indicando-lhe, nessa mesma noite, na Serra do Naso, por meio de uma procissão com luzes, o local exacto onde a capela deveria ser erguida.
O homem recusou-se com medo da mulher, mas Nossa Senhora insistiu no pedido. Muito a medo, o homem disse à mulher do desejo da Senhora. Mas a mirandesa não gostou e começou a refilar. Nesse mesmo momento ficou aleijada, diz-se que por castigo de Nossa Senhora. Quando se viu assim, a mulher prometeu que faria a capela e, no mesmo momento, voltou ao seu estado normal.
Consta ainda que, ao serem colocadas as pedras no carro, os bois não mostravam qualquer esforço pelo peso da carrada. Assim se construiu a capela desejada, cuja administração dizem, é feita por alguém contratado pelos descendentes daquela família.
A romaria realiza-se todos os anos no dia 8 de Setembro e a celebração religiosa iniciou-se com a missa campal, no Santuário de Nossa Senhora seguida da procissão dos andores de Nossa Senhora do Naso e da Imaculada Conceição, acompanhada musicalmente pela banda da Associação Filarmónica Mirandesa.
Após a procissão, a festa prosseguiu com a realização da feira anual no recinto do santuário e no final da noite com o típico arraial.
Aveiro é sinónimo de passearmos de moliceiro tradicional nos canais e comermos ovos moles.
A Ria deu a Aveiro os moliceiros, as salinas e paisagens de encantar, a partir da ria desenvolveu-se uma gastronomia deliciosa com sabor a mar.
A história está patente nos museus e património histórico-religioso e os anos de prosperidade espelhados nos edifícios Art Nouveau.
Para além do charme que os canais alimentados pelas águas da Ria lhe atribuem, Aveiro tem uma identidade arquitetónica muito característica dada pelos belos edifícios Art Nouveau em redor de praças e espaços verdes, pelos azulejos coloridos que forram fachadas das casas pelas linhas modernas das novas urbanizações que colocam Aveiro nas listas das melhores cidades para viver em Portugal.
Em cerca de 45 minutos conseguimos navegar os 4 canais. Passámos pelo edifício da Capitania do Porto de Aveiro, também conhecida como Casa dos Arcos. Inicialmente foi moinho de maré, ligada ao inicio da fábrica de porcelana Vista Alegre e posteriormente foi transformada em Escola de Desenho Industrial. Hoje é a Assembleia Municipal de Aveiro.
O Centro de Congressos de Aveiro, centro cultural e de eventos, que ocupa parte da Fábrica de Cerâmica Jerónimo Pereira Campos, com foco na produção de tijolo e telha, também não nos passou despercebidos.
Passámos pela Ponte de Carcavelos, portadora do brasão de Aveiro, das mais antigas da cidade e favorita dos namorados, e a Ponte do Laço, como é conhecida a moderna ponte pedonal metálica que une as quatro margens onde o canal dos Botirões e o Canal de São Roque se unem.
Do Canal do Botirões, avistámos o Mercado do Peixe. Este é um ponto de interesse imperdível por causa da estrutura em ferro, estilo Eiffel. Na praça onde ainda se vende peixe fresco como antigamente, temos restaurantes onde podemos comer alguns dos melhores pratos de peixe fresco.
Já a terminar o passeio de Moliceiro passámos pelo Canal das Pirâmides, nome que foi atribuído por causa das pirâmides de sal branco que eram, e ainda são, construídas após a recolha desse bem tão valioso.
Já depois de sairmos do Moliceiro percorremos as margens do Canal do Cojo. Daqui avistámos o Jardim da Fonte Nova, um jardim onde apetece descansar e contemplar as manobras dos moliceiros que navegam o “lago”.
Não podíamos sair de Aveiro sem colocar o nosso laço na Ponte Laços de Amizade e sem provar os tradicionais ovos moles de Aveiro.