Andar de mota tem destas coisas, numa das nossas enumeras idas a Bragança conhecemos um casal aventureiro que também anda de moto e claro que, como não podia deixar de ser, conversamos. Conversa puxa conversa e combinamos que tínhamos que ir os 4 passear de moto. Dito e feito.
Encontrámo-nos de manhã na cidade e partimos em direcção ao Azibo onde fizemos a primeira paragem para admirarmos a albufeira e bebermos um café.
Como Podence estava mesmo ali ao lado aproveitamos para visitar a Casa do Careto e percorrer as ruas da aldeia.
Decidimos que íamos almoçar a Mogadouro e na ida paramos em Balsamão para conhecer o mosteiro.
Passámos pelos Lagos do Sabor e chegamos ao Restaurante A Lareira para comermos a tão tradicional Posta, que nada mais é que carne de vitela assada na brasa, apenas temperada com sal na hora de ir a assar.
Recomendamos uma visita pois alem de a comida ser muito boa fomos muito bem atendidos e os preços são acessíveis.
Seguimos depois em direcção a Alfandega da Fé e parámos no miradouro de Santo Antão da Barca para admirarmos a paisagem sobre o Rio Sabor.
Fomos ainda conhecer o Santuário dos Cerejais, que como o nome indica fica na aldeia dos Cerejais.
Para terminarmos o dia e o nosso passeio fomos conhecer a Foz do Rio Sabor e a nossa espera tínhamos um petisco, peixe do rio, algo que o J. nunca tinha provado, mas que aprovou.
Queríamos agradecer publicamente ao casal que não conhecíamos, mas que se tornou amigo, pela companhia e por nos levar a conhecer sítios e lugares tão bonitos. Estes passeios são para repetir.
Sempre ouvimos falar no Santuário da Senhora da Serra e sabíamos que ficava ali muito perto de Bragança, mas nunca tínhamos lá ido. Como tínhamos programado ir visitar algumas aldeias como Castro Avelãs, e o santuário ficava em caminho, fomos conhecer.
Em Castro Avelãs visitámos o mosteiro.
Daí fomos até a aldeia de Formil e subimos ao Santuário da Sra da Serra.
Podemos dizer que vale muito a pena. A vista sobre os montes é deslumbrante, do alto vemos toda a cidade de Bragança e avistamos Espanha. Conta uma lenda que uma pastorinha muda andava com o rebanho nesta Serra da Nogueira e lhe apareceu Nossa Senhora pedindo para construírem ali uma capela.
Entrámos pelo Parque Natural de Montesinho e fomos descobrindo algumas aldeias até passarmos novamente a fronteira e chegarmos a Puebla de Sanabria.
Quisemos provar uma das típicas empanadas e escolhemos uma de atum. Uma empada da perfeitamente para duas pessoas e podemos dizer que era muito boa, para a próxima vamos provar as de carne.
Quando voltamos a entrar em Portugal fomos visitar a aldeia de Montesinho.
Reservamos este dia para irmos visitar Miranda do Douro e como ficava em caminho optamos primeiro por ir à aldeia dos avós maternos da M, Vale de Pena.
É uma aldeia pequenina, mas muito bonita. Como seria de esperar fomos muito bem recebidos e como ainda era altura de Pascoa não nos deixaram vir embora sem comer o tradicional folar da Pascoa.
Para quem não sabe na zona de Bragança o folar da pascoa não é doce, mas sim recheado com carnes.
Depois de visitarmos a família seguimos para Miranda do Douro. Almoçámos a típica Posta a Mirandesa no Restaurante Miradouro que foi sem duvida uma óptima escolha. A carne é certificada e é um sitio muito agradável. Chama-se Miradouro porque tem mesmo um miradouro onde podemos desfrutar a vista.
Aproveitámos para visitar o centro histórico bem como a Catedral, o Museu e o que resta do Castelo.
Na volta para a aldeia optamos por vir por Espanha e atravessámos o Rio Douro.
Passámos por algumas aldeias espanholas e já em Portugal visitámos o Santuário de Nossa Senhora da Ribeira que fica junto a fronteira e cujo dia de romaria é no último fim de semana de Maio.
Estivemos de férias e nada melhor que rumar ao norte para descansarmos. Aproveitámos para fazermos a nossa primeira "grande" viagem de mota. No domingo de pascoa enquanto uns almoçavam com a família nós iniciamos a viagem.
Depois de algumas paragens pelo caminho para comermos e descansarmos chegamos a aldeia.
Não vos vamos mentir que para primeira vez foi um pouco cansativa a viagem, não estávamos habituados a fazer distancias tão longas de mota.
No dia seguinte fomos tomar o pequeno-almoço a um dos cafés mais antigos e típicos da cidade, o famoso Café Chave D'Ouro que fica mesmo junto a Sé de Bragança.
Mas em vez de irmos pela estrada principal e mais rápida optámos por ir pela estrada antiga e ir entrando e visitando algumas aldeias como o caso de Gimonde.
Em Gimonde podemos aconselhar uma visita ao Restaurante O Abel, mas vão cedo que há sempre fila.
A tarde ainda conseguimos visitar Boticas.
Na volta viemos por Vinhais, "uma terra dos diabos" e aproveitamos para ir à aldeia do J. Temos que agradecer porque fomos muito bem recebidos e ainda aproveitámos para comer umas belas alheiras caseiras.