Sempre dissemos que queríamos ir a Fátima juntos e assim fizemos. Esta foi uma das primeriras viagens que fizemos juntos. Saímos de casa cedo e demorámos cerca de 1h30min a chegar. Procurámos um estacionamento e fomos a pé até ao Santuário.
Ao chegarmos lá sentimos logo a "tal" energia que toda a gente fala.
Fomos visitar a obra de destaque, a Capelinha das Aparições. Foi aí que Nossa Sra. de Fátima apareceu aos pastorinhos e é também aí que terminam as peregrinações.
Visitámos também a Basílica de Nossa Sra. de Fátima.
E como não podíamos vir embora sem visitar a mais recente obra fomos ver a nova Basílica da Santíssima Trindade.
Numa das nossas idas e vindas ao Porto fomos conhecer as Caxinas, uma localidade piscatória marcada por algumas tragédias marítimas e por isso com uma grande devoção religiosa ao Nosso Senhor Dos Navegantes.
Enquanto passeávamos pela localidade reparámos que a calçada portuguesa nos mostrava que estávamos em terra de pescadores, e em cada esquina víamos simpáticas mulheres a apregoar o bem mais precioso, o peixe fresquinho.
Continuámos rumo a praia e já com o mar à vista deparámo-nos com a Igreja do Senhor dos Navegantes com o desenho arquitectónico a fazer lembrar um barco.
Aproveitámos para dar um passeio pela praia e ao fundo entrando já no mar avistámos o cruzeiro.
Continuámos pela marginal e vimos um monumento muito importante para os caxineiros, trata-se do Memorial aos Naufrágios também conhecido por o Barco das Cruzes.
Fomos pela primeira vez a Pampilhosa da Serra e encontrámos uma vila implantada num profundo vale onde corre o rio Unhais. Quando lá chegámos, descobrimos – mesmo no seu centro – uma bela praia fluvial, com espaços verdes, balneários e espreguiçadeiras à espera.
Passámos ainda pelas suas varias igrejas e subimos ao miradouro do Cristo rei.
Na aldeia de Pessegueiro deparámo-nos com uma praia de águas límpidas que se divide entre o paredão de uma das margens e o verde da relva na outra, por onde chegamos atravessando uma pequena ponte de madeira.
Depois de descansarmos fomos conhecer as aldeias de xisto. Chamam-lhe assim porque os xisto confere às aldeias uma atmosfera especial.
São duas as aldeias de xisto que pertencem ao território de Pampilhosa da Serra. Ambas belas, mas completamente diferentes uma da outra. Enquanto Janeiro de Baixo está implantada no vale do Zêzere e tem uma praia fluvial, Fajão surge no topo da montanha.
Janeiro de Baixo é uma bela aldeia que preserva ainda muito da sua ancestralidade. O centro da aldeia tem muito para se ver. Desde a memória do tronco de ferrar, onde eram “calçados” os animais, até à casa paroquial ou à Igreja Matriz. Mas o melhor mesmo foi passearmos pelas ruelas, descobrir as casas de xisto e conversar com as pessoas.
Fajão é completamente diferente. Aqui, o casario de xisto mostra que este material não era apenas utilizado nas casas mais pobres, mas em quase todas. Aqui tivemos muito para descobrir desde a igreja matriz e a capela de Nossa Senhora da Guia, até as piscinas, sempre com uma paisagem bela de montanha por pano de fundo.
Não podíamos vir embora de Pampilhosa da Serra sem provar a sua gastronomia tradicional. Na ementa tínhamos pratos tradicionais da região como a chanfana e o maranho, o cozido e o cabrito, e também sopas tradicionais como o caldo de castanhas, sopa de botelha, de feijão verde ou de couve.
Começámos por um mix de entrada, que continha os enchidos da região e os belos e tradicionais queijos.
Hoje venho partilhar convosco um problema de saúde que tive e que mudou completamente a forma como vejo a vida.
À cerca de 7 anos atrás, num dia de Dezembro a minha perna direita começou a doer, mas como era costume eu fazer caminhadas associei essa dor a dores musculares e comecei a massajar com Voltaren (passo a publicidade).
Passou um dia, passaram dois, três, uma semana e a dor não passava.
Passado algum tempo encontrei-me por acaso com uma amiga que é enfermeira e falei-lhe da dor. Ela esteve a ver a minha perna para perceber se estava inchada, vermelha ou quente (sintomas de trombo), mas nada, estava tudo bem e não parecia ser nada disso. Ela disse-me que possivelmente seria mesmo uma dor muscular e para não me preocupar.
Não liguei mais à dor, continuei a passar o tal creme anti-inflamatório e de repente a dor passou, pensei era mesmo uma dor muscular.
Até que no meio do mês de Janeiro senti uma pontada nas costas, mas como no dia anterior tinha saído de casa com o cabelo molhado, atribui a pontada a isso. Na minha cabeça tinha apanhado uma constipação.
Durante essa semana fui começando a sentir-me cada dia mais cansada, mas isso não me impedia de ir trabalhar. O cansaço era tanto que o simples facto de sair do trabalho e chegar ao carro, que estava mesmo à porta, para mim era um esforço.
Até que dia 20 de Janeiro de 2014, já sem fôlego para conseguir fazer o que quer que fosse, nem sequer falar, pedi a uma colega para me levar ao hospital, pois já nem sentia força para pegar no meu carro e ir sozinha.
Enquanto a minha colega foi buscar o carro, eu fui andando amparada por mais 3 colegas até a portaria da empresa onde trabalhava.
Lembro-me de ter chegado à portaria e quando dei mais um passo para me aproximar do carro ... desmaiei e tive uma convulsão.
Só me lembro de ter acordado caída no chão com várias pessoas a olharem para mim e eu a tentar perceber o que me tinha acontecido e porque estava no chão. Tentei levantar-me, mas não consegui, pedi para me levantarem para entrar no carro da minha colega, mas o que me disseram é que o INEM já vinha a caminho porque eu não estava bem, tinha revirado os olhos, espumado da boca, etc…
Chegou o INEM e levaram-me para o hospital, no caminho medem-me o oxigénio no sangue e percebem que eu só estava a conseguir respirar 20%. Assim que chego ao hospital, o bombeiro nem teve tempo sequer de me inscrever pois tive novamente uma convulsão. Assim que acordo desta convulsão e tentei perceber o que se estava a passar percebo que estou numa sala de reanimação onde me estão a despir toda e a colocar-me agulhas em todo o lado.
Daqui sou levada para as urgências onde me fazer um sem fim de analises e exames, electrocardiograma, tac’s, ecocardiogramas, etc. Na minha cabeça eu já estava bem , iam dar-me uns medicamentos para tomar e mandar-me para casa pensei.
Só que não, dali levaram-me de urgência para os cuidados intensivo e só aí eu comecei a tomar consciência que tinha alguma coisa grave e que não iria para casa como pensava. Mas até agora não tinha qualquer percepção do que me tinha acontecido, até que o medico que vem me observar me explica que tive uma embolia pulmonar e que foi uma sorte chegar a tempo ao hospital pois as probabilidades de sobreviver eram mínimas.
Só nessa altura percebi que aquela dor que senti na perna um mês antes era um trombo que, entretanto, se descolou e foi subindo até se alojar no pulmão.
Estive internada ainda cerca de 2 semanas e depois desta segunda oportunidade que a vida me deu, comecei a olhar para a vida e para tudo o que me rodeia de uma outra forma.
Por isso se querem um conselho...aproveitem a vida a cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo, pois não sabemos se amanha estaremos cá.